Aqui você vai encontrar:
- Resumo dos fatos ocorridos com a marca Cellier;
- O que é uma intoxicação alimentar por histamina;
- A importância da conservação adequada de peixes e frutos do mar.
No final de agosto foi noticiado um surto de origem alimentar em nove creches da região de Campinas, envolvendo 60 pessoas, entre alunos e funcionários das instituições. Os sintomas aconteceram em julho e após as análises concluiu-se que a causa foi o consumo de atum contendo altos níveis de histamina.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda, distribuição e utilização de um lote específico de atum da marca Cellier.
O veto atinge o lote 08/05/23, que foi fabricado na mesma data e tem validade até 08/05/2025.
De acordo com a Anvisa, depois dos casos de intoxicação alimentar na rede pública de ensino, foi confirmada a contaminação do produto, que apresentou valores acima dos limites tolerados pela legislação sanitária, evidenciada por ensaio laboratorial realizado pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos – ITAL.
E o que é uma intoxicação alimentar por histamina?
A intoxicação alimentar por histamina é uma condição que ocorre quando uma pessoa consome alimentos que contêm altos níveis de histamina, uma substância química naturalmente encontrada em alimentos e que também é produzida por bactérias presentes em alguns alimentos. Quando a histamina é ingerida em excesso e não é adequadamente quebrada e metabolizada pelo corpo, pode levar a sintomas de intoxicação alimentar.
A histamina é mais comumente associada a alimentos como peixes e frutos do mar, particularmente aqueles que não foram armazenados ou refrigerados adequadamente após a captura. Os peixes que são particularmente propensos a acumular altos níveis de histamina incluem o atum, o cavala, o arenque e o sardinha. Quando esses peixes não são refrigerados adequadamente, as bactérias presentes neles podem converter o aminoácido histidina em histamina.
Os sintomas de intoxicação alimentar por histamina podem incluir:
Vermelhidão da pele (flush)
Coceira e urticária na pele
Dor de cabeça
Taquicardia (aumento da frequência cardíaca)
Náusea e vômitos
Diarreia
Aumento da pressão sanguínea
Sensação de queimação na boca e garganta
Os sintomas geralmente começam a aparecer rapidamente após a ingestão de alimentos contaminados com histamina, muitas vezes em questão de minutos a algumas horas após a ingestão. A gravidade dos sintomas pode variar de leve a grave, e a duração dos sintomas também pode variar, geralmente desaparecendo dentro de algumas horas a um dia.
O tratamento da intoxicação alimentar por histamina geralmente envolve o alívio dos sintomas, como antialérgicos para reduzir a coceira e a vermelhidão da pele, além de hidratação adequada para prevenir a desidratação. Em casos graves, pode ser necessário procurar atendimento médico.
A importância da conservação adequada dos peixes e frutos do mar
A conservação adequada de peixes e frutos do mar é de extrema importância por várias razões, incluindo a segurança alimentar, a qualidade nutricional e a sustentabilidade dos recursos marinhos. Aqui estão algumas razões:
Segurança Alimentar: a má conservação de peixes e frutos do mar pode levar à contaminação bacteriana, crescimento de patógenos e produção de substâncias tóxicas, como a histamina;
Qualidade Nutricional: peixes e frutos do mar são uma fonte importante de proteínas de alta qualidade, ácidos graxos ômega-3, vitaminas e minerais essenciais. A conservação adequada ajuda a preservar esses nutrientes, garantindo que os alimentos sejam nutritivos quando consumidos;
Sabor e Textura: peixes e frutos do mar frescos têm melhor sabor e textura. A conservação inadequada pode levar à deterioração dos produtos, resultando em sabores desagradáveis e texturas indesejáveis.
Em resumo, a conservação adequada de peixes e frutos do mar é crucial e a educação sobre práticas seguras de armazenamento e manipulação é essencial para consumidores e profissionais do food service.